A Primeira Estrela
Túlio Mourão, Milton Nascimento e Tavinho Moura

Nosso irmão
Senhor das manhãs
Traz uma estrela deusa, lua novidade
Velho coração de prata de lei
Na mão, uma flor iluminada, acesa, clara, clara, Clara clara paz
Nosso irmão
Com seu passado
E seus versos que excitam toda multidão
Nos ensina a amar
Nosso irmão

Perdoar e fazer crescer
O bem comum, o seu trabalho, seu sustento
A emoção de ver seu filho tecer
Com a mão, a cor da liberdade
Sua casa, casa clara, clara, paz
Celebrando
A natureza
Abraçar o mundo na ternura e na dor
Elevar o pensamento
E tornar-se rei

De onde vem?
Porque veio assim?
Será que nós teremos a primeira estrela vésper
Vida que não vai se apagar?
Mas no coração há tanto pranto, pranto, pranto, tanto canto, que sei lá
Que fazer, se somos homens?
Tão distante agora a palavra desse amor
Nos ensina a amar
Meu irmão

Nosso irmão
Senhor das manhãs
Com sua estrela deusa, lua novidade
Simples coração de prata de lei
Nosso coração traz tanto pranto, pranto, pranto tanto canto, pra soltar
Renascer da velha história
Abraçando o mundo na ternura e na dor
Nos ensina a escrever
A canção do sol